domingo, 20 de janeiro de 2008

Rouba Canetas de Gelo

Os Steeleye Span criaram este êxito adaptado de duas melodias do século XIX, e acontece eu gostar bastante. Portanto já que não pareço ter nada de jeito para escrever esta semana, aqui está esta música que não me sai da cabeça:



All around my hat I will wear the green willow,
And all around my hat for a twelve month and a day.
And if anyone should ask me the reason why I'm wearing it,
It's all for my true love who's far far away.

Fare thee well cold winter and fare thee well cold frost,
Nothing have I gained but my own true love I've lost.
I'll sing and I'll be merry when occasion I do see,
He's a false deluding young man, let him go, farewell he.

The other night he brought me a fine diamond ring,
But he thought to have deprived me of a far better thing.
But I being careful like lovers ought to be,
He's a false deluding young man, let him go, farewell he.

And
all around my hat I will wear the green willow,
And all around my hat for a twelve month and a day.
And if anyone should ask me the reason why I'm wearing it,
It's all for my true love who's far far away.

With a quarter pound of reasons and a half a pound of sense,
A small sprig of time and as much of prudence,
You mix them all together and you will plainly see,
He's a false deluding young man, let him go, farewell he.


And all around my hat I will wear the green willow,
And all around my hat for a twelve month and a day.
And if anyone should ask me the reason why I'm wearing it,
It's all for my true love who's far far away.


Jolly Roger

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Crónicas do Águia Que Voa 2

Rituais de Passagem

Águia Que Voa acordo mais uma vez em minha tenda. Ter que precisar de aulas de gramática para que possa escrever melhor a minha história.
Este era dia importante para tribo e para mim também. Estar-se a aproximar o Festival das Festas em que a nossa tribo se junta à tribo dos Panaewakaui para fazer jogos e trocar mulheres:um objecto que para nós corresponde a uma segunda moeda. Mas, antes do Festival das Festas temos a Festa dos Festivais em que muitas coisas acontecem dentro da nossa tribo.
A manhã de hoje da Festa dos Festivais começa com o ritual de passagem dos jovens para adultos que todos os rapazes da tribo têm que fazer.
Toda a tribo foi a uma zona norte do rio Molembuluga, sítio onde o rio corria lá em baixo numa ravina, mas as pessoas estão cá em cima, a menos que se atirem da ravina, para verem o ritual de passagem. Ritual consiste em jovem atravessar a ponte de pouca segurança e chegar ao outro lado do grande precípicio.
Este ano só havia um jovem que ia fazer essa prova, era o filho mais velho do Escama de Falcão: Pinheiro Que Cai. Ele estava nervoso, esta era a sua prova final. Antes ele ter passado dois meses longe da tribo, vivendo em cavernas com os ursos e os lobos, como ele disse.
A cerimónia começa e o jovem Pinheiro Que Cai decide atravessar a ponte insegura.
A mim também me foi dado papel importante na cerimónia pelo chefe Voa Com Os Ursos, o papel de cortyar as cordas que seguram a ponte.
Foi com muito prazer que cortei as cordas e vi Pinheiro Que Cai a cair. Se ele se conseguir manobrar no ar, não se aleija muito.
Ele teve sorte: caiu nas águas assassinas do Molembuluga e ia começar a trepar alta ravina até chegar cá acima enquanto outro membro da tribo lançava rochedos grandes para fazer Pinheiro Que Cai cair outra vez e partir o osso da cabeça.Esse membro era o aleijado da nossa tribo que não tinha conseguido passar o ritual de passagem e não morreu. Chama-se Avestruz Sem Pernas e não tem braços.
Entretanto, o bom amigo Pedra Sentada vem falar comigo em privado:
"Águia Que Voa, muito obrigado por teres trazido aqueles frutos mágicos que fazem crescer cabelo.", disse ele, e depois, disse eu: "Mas não haver provas de que resultaram, pois tu, Pedra Sentada, filho de Castanheiro Impotente, ainda és careca."
"Sim, mas os frutos deram resultado noutro lado, pois agora, milagre dos deuses!, cresceram-me cabelos na boca!", e Pedra Sentada abriu a boca e eu contemplei com admiração.
"Ouve, Águia Que Voa, tu és um bom amigo da tribo e um bom amigo meu, tu teres lutado para me livrares do carequismo e eu te agradeço, embora não possa voltar a comer sopa, por isso quero te convidar para vires comigo a um sítio muito especial..."
"Que ser?", perguntei com curiosidade.
"Vamos às termas dos Panaewakaui."
"Termas?", dizer eu,"Termas?" dizer outra vez,"Termas? Mas termas são coisas usadas por mulheres!"
"Sim, as mulheres dos Panaewakui. As deliciosas virgens!", disse Pedra Sentada muito entusiasmado, "Já pensaste bem, Águia Que Voa? Vai ser uma festa das festas!Podemos ter muitas antes de um de nós ficar com uma só!"
"E se não estiver lá ninguém?", perguntei eu.
"Isso não vai acontecer se lá formos hoje à noite, uma semana antes do Festival das Festas, quando todas as jovens virgens se vão banhar."
"Eu alegre! Ir contigo desfrutar da carne das jovenzinhas."
"Então,", disse Pedra Sentada, "Esta noite encontra-te comigo debaixo do Carvalho Velho: a árvore e não o guerreiro, para que possamos ir até às termas dos Panaewakui! Vais ver como vai ser bom, até vamos transformar a água em sangue!"
"Viva!"
Eu fiquei a pensar muito no assunto, e quando voltei ao local do ritual já Pinheiro Que Cai tinha subido e desmaiado depois de tanta violência.
Depois, por ter sido eu a cortar a ponte, Escama de Falcão, o pai de Pinheiro Que Cai, convidou-me para o seu ostentosos almoço em sua tenda. E eu gostei muito, mas só pensava no que seria naquela noite o banquete.

_StormRaven_

Eerrrr...

Boas...
Desta vez deixo-vos um video...



Tenho dito...

O Vosso,

Capitão

domingo, 13 de janeiro de 2008

Crónicas do Águia Que Voa 1

Ena pá! Como as coisas por aqui estão diferentes!
Pois é! Cá está o meu aguardado regresso: aqui numa versão mais sumariada, mas com a versão alargada disponível em DVD.
Ora hoje vou-vos brindar com a primeira das narrativas do índio Norte-americano, Águia Que Voa.
Eis um dos seus relatos.
Atenção: isto aconteceu antes da colonização europeia da América do Norte.

Os Frutos da Magia

Assim que acordei, o chefe Voa Com Os Ursos chamou-me à sua presença. Ter ficado com grande honra pelo pedido do chefe.
Chefe receber-me junto à tenda do Escama De Falcão, porque a tenda do chefe Voa Com Os Ursos estava a ser remodelada e iam trocar o chão de cortiça por azulejos.
Chefe dizer:"Águia Que Voa, a tribo pede-te um favor. A nossa shaman: a Sangue Todos Os Meses vai fazer uma poção para terminar com o carequismo do grande amigo Pedra Sentada."
E eu dizer:"Contente ficar com essas palavras. Pedra Sentada merece um fim para a sua cabeça sem cabelo. Todos os índios terem que ter grandes cabeleiras como as divindades do Metal."
Mas chefe ainda adicionou:"Sim, mas também há carecas no metal, o que me lembra que esta semana temos o ritual a Joe Satriani. Ainda assim, é da nossa cultura em que é preciso ter cabelo longo e sedoso. Mas Sangue Todos Os Meses, só pode fazer a poção se tiver quatro mirtílios. Águia Que Voa, aceitas ir buscar os mirtílios aos bosques?"
"Aceito, ser honra para tribo poder honrar o chefe e Pedra Sentada".
Eu partir nesse dia logo após ter ido buscar roupa lavada ao riacho. Eu entrar dentro dos bosques e vi veados e pardais e melros e gafanhotos e escaravelhos e formigas e papa-formigas e guarda-rios e pica-paus e alces e mais uns poucos animais filhos da Natureza e das mães deles, que não deviam ser tantas como eles.
Eu chegar junto da cascata onde o pescador da tribo, Salmão Grelhado vai pescar.
E ele diz: "Saudações, Águia Que Voa! Vens atirar-me ao rio como da outra vez só porque não te dei a truta que tu pescaste?"
"Não, Salmão Grelhado. Vim perguntar-te se sabes onde posso apanhar mirtílios."
"Sim, sei. Tens que atravessar até outra margem e depois voltar a atravessar até à outra margem, vais ver um homem a pescar e, atrás dele, estar um arbusto com mirtílios."
"Obrigado pela ajuda, Salmão Grelhado. Será dífícil atravessar o rio com esta corrente forte, mas vou fazê-lo."
E lancei-me às águas zangadas do Molembuluga. Quem deu ao rio este nome foi ancião morto Não Sabe Nadar que foi tomar banho a este rio e quando se estava a afogar disse este nome. E a partir daí , ser rio Molembuluga.
Custou muito atravessar o rio, eu bater com o joelho numa pedra e fazer sangue. Doeu. Mas com sorte, cheguei à margem. Agora só tinha que atravessar para a outra margem, onde estava o homem a pescar. E, com muita força, lá fui eu.
Quando cheguei ao outro lado não me conseguía levantar. Ter água nos pulmões que tossi e saiu. Mas valeu a pena porque à minha frente estava o arbusto dos mirtílios. E eu fui buscar seis mirtílios em vez de quatro, para que, se fosse preciso mais do que quatro não ter que atravessar o rio mais duas vezes.
Junto a mim estava um homem a pescar: era o Salmão Grelhado.
"Salmão Grelhado, enganaste-me.", disse eu.
"Não, tu é que te enganaste a ti ao confiar nas minhas palavras."
"Tens razão, desculpa."
E eu fui embora. Mas antes, eu ter atirado Salmão Grelhado ao rio porque não gostei do que ele me fez, embora tivesse razão.
Quando regressei à tribo, ter passado pela cabana de Sangue Todos Os Meses, onde perguntei:"Está alguém em casa?". E ouvi a voz da Sangue Todos Os Meses a dizer:"Não, não está cá ninguém."
E então eu dei os mirtílios ao chefe, que os comeu todos e obrigou-me a ir buscar mais outra vez. Mas desta vez, o conhecimento e a sabedoria iluminaram-me e não tive que atravessar o rio duas vezes.

_StormRaven_